sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Tribuna do Planalto, Jornal com História

Jornal da Segunda

O Jornal da Segunda nasceu da idéia de Sebastião Barbosa e Luiz Carlos Rangel de cobrir os espaços da segunda-feira, já que os jornais diários da época não tinham circulação as segundas e as matérias de esporte do final de semana eram veiculadas no impresso somente às terças-feiras.
Em 1986, Sebastião e Luiz Carlos eram contratados da Organização Jaime Câmara, Sebastião trabalhava na área de fotolito e Luiz Carlos era editor da área de esportes do jornal O Popular. Eles fizeram uma enquête e concluíram que um jornal só de esporte seria muito lido, mas, teria pouco retorno comercial e por isso o jornal precisaria também abordar outras áreas jornalísticas. O Jornal da Segunda foi lançado no dia 7 de julho de 1987. Criaram o jornal com oito páginas de esporte e o restante de notícias gerais. A primeira sede foi na rua 20, no centro de Goiânia, depois se mudou para o setor Aeroporto e finalmente para a sede atual na Vila Aurora.O jornal contou com a colaboração de colunistas como: Luiz Carlos Bordoni; Paulo Beringhs; Boris Casoy; Lílian Witte Fibe; Mônica Waldvogel, entre outros.

Pioneiro na informatização

O Jornal da Segunda foi o primeiro jornal do Estado de Goiás a ter o sistema de composição gráfica informatizado, segundo Sebastião Barbosa. Em 1994, o jornalista Paulo Beringhs que trabalhava como editor no jornal O Popular, foi para o Jornal da Segunda e assumiu a direção de jornalismo. Paulo Beringhs adquiriu os equipamentos necessários em São Paulo e o jornal ofereceu a três jovens um curso de manuseio, já que não existiam pessoas aptas à operação dos novos equipamentos na época em Goiás. Três meses depois os jovens já estavam formados e trabalhando para o Jornal da Segunda. “As empresas de comunicação foram se informatizando. A gente foi o primeiro que saiu e os outros foram atrás”, destacou Sebastião.

Mudança do nome do jornal

Em 7 de julho de 2003, o Jornal da Segunda mudou o nome para Tribuna do Planalto. A mudança do nome ocorreu devido ao jornal não mais circular somente as segundas, mas ter se tornado semanal. O nome Tribuna do Planalto corresponde ao novo ideal do jornal de cobrir o planalto central, foi montado o laboratório fotográfico e surgiram as primeiras capas coloridas, inaugurando uma nova fase do jornal. “O nosso objetivo também foi fazer uma empresa de comunicação forte, mas regional, preocupando somente na sua área de espaço. Fazer uma empresa de comunicação forte aqui no Planalto Central. Na verdade, nós mudamos o nome para preparar para poder fazer um jornal diário”, afirmou Sebastião Barbosa.

A história do fundador

Sebastião Barbosa, hoje com 52 anos, iniciou o curso de contabilidade e começou a trabalhar no meio da comunicação em 1972, na primeira revista de Goiás em cores, que tinha o nome Leia Agora do empresário José Naves. Sebastião disse que começou a trabalhar na área industrial e depois se afastou por dois anos da área da comunicação para ser jogador de futebol profissional. Posteriormente, voltou a trabalhar na Folha de Goiás, que era o jornal de maior expressão na época. Ficou na Folha de Goiás por três anos e meio até ser contratado pelo O Popular, para trabalhar na área de fotolito e depois na área de editoria de esportes, onde conheceu o editor de esportes, Luiz Carlos Rangel. Sebastião lembra que em Goiânia naquela época, como jornal diário só tinha O Popular circulando. O Diário da Manhã já tinha fechado a Folha de Goiás, porque o Diário comprou o jornal. “Foi o jornalista Batista Custódio que acabou com a Folha de Goiás, ficando só com o Diário da Manhã e chegou a um ponto que o Diário da Manhã também fechou”, comentou Sebastião.
Sebastião e Luiz Carlos fundaram o Jornal da Segunda e consolidaram o jornal no meio impresso. Sebastião expôs que a impressa de Goiás mudou muito desde que ele começou a trabalhar no meio. Disse que antigamente o que pesava na profissão de jornalista era o sobrenome e a tradição familiar e relembrou sobre as dificuldades em se fazer um jornal. “Naquela época, não fazia um jornal com menos de 90, pelo menos três vezes mais o numero de pessoal, com uma qualidade muito inferior.A página de jornal era feito pelo repórter, pelo copy desk, revisor e composição e depois encaminhava para o papel fotográfico. Revisava, fazia a paginação e depois o fotolito, que é fotografar aquela página. Fotografava as fotos separadas e depois fotografava a pagina, concluindo com a montagem para ir para a impressão”.
O fundador e atual diretor geral da Tribuna do Planalto, Sebastião reconhece que começou bem pequeno o jornal, com três máquinas de escrever, uma máquina de fotolito e não tinha máquina de impressão.Sendo assim, a impressão era terceirizada. Posteriormente, montaram uma estrutura própria que hoje é a sede da Tribuna do Planalto na Vila Aurora.

Tribuna do Planalto

A Tribuna do Planalto já não tem mais cobertura esportiva como era no Jornal da Segunda, tendo uma atuação maior na editoria de política. Elizeth, atual editora geral do jornal, diz que as matérias se tornaram mais analíticas, opinativas e menos factuais, conseqüência dos leitores que estão se tornando cada vez mais exigentes. “A notícia é rápida. O leitor mais exigente esta caminhando para a revista. Daqui alguns anos o jornal impresso vai deixando essa missão de notícia rápida para a internet”.
Hoje a tiragem é de 20 mil exemplares, saindo aos domingos com 44 páginas. O jornal possui cinco cadernos: política, comunidades, cultura, um caderno do Estado do Tocantins, que circula aqui e lá, e o caderno Escola que recebe uma atenção especial.

Caderno Escola

O caderno Escola tem 20 páginas sobre educação, formação do aluno e ensino de cidadania. E segundo a editora Geral, Elizeth Araújo, o caderno é o diferencial da Tribuna do Planalto. O caderno passou por uma mudança para ficar mais pedagógico, para o professor poder usa-lo na sala de aula. “Nós temos convênios com duas secretarias, estadual e municipal, e o caderno circula nas escolas. Temos também o maior programa hoje, de concurso de redação. Somos filiados a ANJ que tem esse programa de jornal na escola para a formação de professores”.
A Tribuna recebe alunos das escolas para ver como é uma redação de jornal e como é feito. Há um Centro de Documentação, (Cedoc), que é o centro de dados do jornal que foi feito nesses 20 anos. “Talvez o nosso Cedoc tem a mesma proporção do centro de documentação do O Popular, que tem muito mais anos”, acredita o diretor da Tribuna do Planalto.
Mayara Jordana
Nathália Cristina

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